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Gisele Cristina Laranjeira
Psicóloga Junguiana no currículo lattes, mitóloga e escritora na alma.
Leio mitologias desde criança - na minha época não tinha Netflix! - o que me fez estudar religiões, História, povos, psicologia. Inspirada por Campbell, Asimov, Jung e sua alquimia, trabalho na clínica com mitos, contos, seriados e heróis de videogame (por que não?) para ajudar os pacientes a se encontrarem e se conhecerem.
Já quis ser Indiana Jones, Robert Langdon, Sticth, Jessica Jones e Ravena. Cada vez que abro um livro novo, um novo seriado, eu descubro mais do mundo e muito mais de mim mesma. E acho que é essa a graça das estórias: falar da gente sem que se perceba. Somos o dragão guardando a torre, a princesa e a bruxa, todo esse universo reside dentro de nós. Mas confesso que tem dias que to mais dragão que princesa, fazer o quê?
Adoro dar aulas e workshops, contaminar o mundo com essa paixão pelas estórias. É um jeito novo de fazer a diferença pra quem nos ouve. As estórias movem o mundo político e suas sociedades, mas as estórias movem nossos mundos internos, também. É sim terapêutico, mais que isso, é algo sublime do ser humano.
Em outra era, publiquei uns livros de poemas, quem sabe um dia? Rsrs...
Já publiquei alguns artigos na área de psicologia, para quem tiver curiosidade:


Dannilo Autorino
Houve um tempo em que eu fiquei desempregado, e essa foi a pior e a melhor experiência que a vida poderia ter me dado. A pior porque eu me senti completamente perdido e inútil, e a melhor porque eu descobri que poderia ser muito mais do que uma simples profissão.
Quando temos um emprego ou quando fazemos uma faculdade, temos o costume de nos definir como “o engenheiro”, “o arquiteto”, “o advogado”, etc... Por anos eu fui rotulado como “o editor de vídeo”, “o jornalista/redator” e também como “o ator e diretor de teatro”. Quando eu vi que não era nenhuma dessas coisas, ficou a pergunta: E agora, Dannilo, o que você é?
Foi aí então, nesse breu, que descobri que existe um universo imenso dentro de mim implorando para ser desvendado, e vou contar essa história da forma como sempre sonhei:
“Era uma vez... um princeso lindo que vivia em uma chata e rotineira cidade sendo explorado e mudando de emprego toda hora. Um dia, ele decidiu ir morar na floresta, pois achou que qualquer coisa fosse melhor do que conviver naquele ciclo (de exploração) sem fim. Todos do vilarejo diziam que lá era muito perigoso com o intuito de acovardá-lo para mantê-lo preso, então ele pediu conselho a uma cigana, que disse:
“Meu filho, o caminho só quem sabe é o coração
Por onde você for, o mundo vai se abrir pra ti
Pois a vida tem a força de um vulcão."
O pequeno príncipe, ainda com um pouco de medo, decidiu entrar na floresta, e foi a melhor coisa que ele fez. Lá, descobriu coisas incríveis sobre si: como sua paixão pelos contos de fadas e como gostava de se relacionar com eles. Não importava o que as pessoas dissessem ou quantos livros falassem que era melhor, ele passou a escolher ser feliz. O menino princeso também descobriu que definitivamente é um artista. Não importava o que fizesse, todos os trabalhos dele seriam envolvidos com arte, criação (muita!), magia, encanto (sua palavra preferida), entre outras coisas. Além disso, ele descobriu que é educador por vocação e foi aí que sua vida começou a mudar, sendo e trabalhando com aquilo que ele é e faz de melhor."
Mas afinal, o que ele faz?
Dannilo é socialmente conhecido como professor de francês (idioma o qual tem muito a ver com sua personalidade sensível e delicada). Ele ama cores e se orgulha da alma cigana e feminina. Recentemente, declarou seu amor pelo Natal escrevendo um livro. Para ele, essa data é a melhor coisa que restou da humanidade, pois foi o único espírito que conseguiu fazer soldados da primeira guerra mundial abaixarem suas armas e aproveitarem o clima de paz e amor. Essa cena, encontrada no filme "Feliz Natal" do diretor Christian Carion, dá por algumas horas a esperança de que bastava nos apegarmos mais às nossas semelhanças do que às nossas diferenças para que pudêssemos conviver fraternalmente.
Por fim, Dannilo revela seu sonho de querer ser uma fada madrinha capaz de despertar os desejos mais bondosos dos corações mais profundos, além da sua atual irritação por ter que ficar se tratando pela terceira pessoa nesse texto infinito.
Quem quiser conhecer melhor o trabalho dele como professor (trabalhamos com amor, sempre) e o blog do livro que ele escreveu com tanto carinho, esteja à vontade.